Ler é Bom, Vai! Silvestre, de Wagner Willian

Ler é Bom, Vai! Silvestre, de Wagner Willian
Reprodução/Darkside

A Darkside Books segue apostando (ainda bem!) em obras de autores nacionais, como Danilo Beyruth, autor de Samurai Shirô, e Wesley Rodrigues, criador de Imaginário Coletivo.

Silvestre é uma mais obra essencial do cenário quadrinista brasileiro. Escrito por Wagner Willian, premiado autor das obras magistrais Bulldogma, Martírio de Joana Dark Side e O Maestro, o Cuco e a Lenda, a história acompanha relação destrutiva entre homem e natureza. Destrutiva já que nós como seres humanos estamos destruindo e desrespeitando as leis da nossa fauna e flora.

A graphic novel prima pelo visual. São poucos diálogos, com William apostando mais em artes incríveis, onde o leitor tem o direito de passar horas analisando cada quadro, riquíssimo em detalhes. A narrativa segue um velho caçador que durante sua estadia na floresta depara com lendas e divindades extintas. É um mergulho na relação entre o homem e a natureza, muito próxima no passado, mas agora cada vez mais distante. Não há mais sintonia pela terra e aos animais.

Silvestre aponta algumas influências cinematográficas de Wagner Willian. Alguns quadros lembram filmes de Darren Aronofsky e Lars Van Trier, cineastas que trabalham com primor a linguagem visual.

Por fim, é uma obra que vai dividir opiniões. 8 ou 80. Mas, se estiver disposto em compreender a simbologia de cada quadro da história, sairá refletindo bastante sobre a forma como estamos encarando a nossa natureza.

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