” Na manhã de um dia de primavera de 1977, Lydia Lee não aparece para tomar café. Mais tarde, seu corpo é encontrado em um lago de uma cidade em que ela e sua família sino-americana nunca se adaptaram muito bem. Quem ou o que fez com que Lydia — uma estudante promissora de 16 anos, adorada pelos pais e que com frequência podia ser ouvida conversando alegremente ao telefone — fugisse de casa e se aventurasse em um bote tarde da noite, mesmo tendo pavor de água e sem saber nadar? “
![](https://i0.wp.com/poltronanerd.com.br/wp-content/uploads/2017/05/Tudo-o-que-nunca-te-contei.jpg?resize=334%2C501&quality=89)
“As pessoas formam uma opinião antes de conhecerem você. — Olhou para ele, subitamente ousada. — Mais ou menos como você fez comigo. Elas acham que sabem tudo a seu respeito. Só que você nunca é o que elas pensam.”
Algo que me desapontou em Tudo o que nunca contei é o fato do livro não seguir o estilo policial, mas sim o drama. A morte de Lydia é apenas o estopim para um copo d’água que há muito estava transbordando e é sobre isso que a autora deseja nos falar. Até que ponto o orgulho de um ser humano pode ser superior do que o bem estar daqueles que mais amamos? Celeste faz questão de descrever cada mínimo detalhe de cada momento, o que torna o livro relativamente monótono em diversas partes – mais do que o necessário. A autora poderia ter abordado melhor os diálogos entre os personagens, ao invés de tentar relatá-los por meio frases indiretas.