Cobra Kai | O que achamos da parte 1 da 6ª temporada Cobra Kai | O que achamos da parte 1 da 6ª temporada

Cobra Kai | O que achamos da parte 1 da 6ª temporada

Os primeiros cinco episódios chegaram nesta quinta-feira (18) na Netflix
Divulgação/Netflix

A Parte 1 da sexta e última temporada de Cobra Kai chegou na última quinta-feira (18) na Netflix, e a expectativa não poderia ser maior. Dividida em três partes, a temporada final levanta a dúvida: será que há fôlego suficiente para manter o público entretido com três eventos distintos, culminando no último a ser finalizado em 2025? Essa estrutura inusitada já sinaliza a ambição dos criadores de oferecer uma conclusão épica e meticulosamente desenhada para os fãs. A narrativa se concentra na preparação para o torneio Sekai Taikai, o que promete trazer à tona as rivalidades, alianças e tensões que marcaram a série desde seu início.

Cobra Kai sempre se destacou por sua habilidade em balancear nostalgia e inovação. Nesta temporada, vemos Daniel LaRusso (Ralph Macchio) e Johnny Lawrence (William Zabka) treinando seus alunos para o grande duelo final. O retorno de John Kreese (Martin Kove) e a introdução da Mestra Kim (Alicia Hannah-Kim) como líderes de um renovado Cobra Kai adicionam uma camada extra de complexidade e ameaça. Kreese, com sua filosofia implacável, e Kim, com sua abordagem calculista e disciplinada, representam adversários formidáveis que exigem o melhor de Daniel e Johnny, tanto como lutadores quanto como mentores.

Os cinco primeiros episódios desta última temporada funcionam como um mini arco dedicado a resolver a rivalidade pendente entre Miguel (Xolo Maridueña) e Robby (Tanner Buchanan), e Sam (Mary Mouser) e Tory (Peyton List). Esses conflitos são tratados com uma profundidade emocional, explorando as feridas do passado e os desafios de crescer e mudar. Miguel e Robby, cujas histórias estão inextricavelmente ligadas ao legado de seus pais e mestres, finalmente confrontam suas diferenças de maneira direta e, ao mesmo tempo, vulnerável. Sam e Tory, por sua vez, continuam sua dança de rivalidade e respeito, num duelo que transcende o tatame e toca em questões de identidade e propósito.

Além dos conflitos entre os alunos, a temporada aborda a adaptação de Daniel e Johnny a uma aliança instável. Suas personalidades conflitantes e histórias de rivalidade adicionam um sabor especial às suas interações, resultando em momentos tanto cômicos quanto tensos. A relação entre os dois é o coração da série, e vê-los trabalhar juntos, apesar das desavenças, oferece uma reflexão sobre maturidade, perdão e o poder das segundas chances. Desde o primeiro episódio, Cobra Kai prepara o terreno para o desfecho da série, com diálogos expositivos sobre despedidas futuras após o fim do colegial dos alunos. Esta antecipação do fim cria uma sensação de melancolia e urgência, lembrando os espectadores de que o fim está próximo.

A Parte 2 da última temporada de Cobra Kai foi antecipada para 15 de novembro, enquanto a Parte 3, que encerrará a saga, estreia apenas em 2025. Esta estrutura em três partes é um desafio ousado, mas se a Parte 1 é uma indicação, os criadores estão mais do que preparados para entregarem um final digno de uma série que conquistou corações.