Top Gun: Maverick | Crítica

Desde sua estreia em 1986 os fãs de Top Gun: Ases Indomáveis esperavam o momento de rever o piloto Pete ‘Maverick’ Mitchell nas telas do cinema, e 36 anos depois esse momento chegou com Top Gun: Maverick. Na mesma intensidade em que alguns fãs esperavam esse retorno outros ficaram aflitos com a nova versão desse clássico, mas afinal, a espera valeu a pena?

Top Gun: Maverick
Divulgação / Paramount

Na trama, Pete ‘Maverick’ Mitchell (Tom Cruise) continua na ativa servindo a marinha e sendo um dos maiores pilotos de caça, mesmo com sua reputação de rebelde que ainda o persegue mais de 30 anos depois. Mas o passado, que ainda assombra Maverick, o faz retornar para o Top Gun onde ele precisará ensinar uma nova turma de alunos em uma missão tão importante quanto perigosa.

Respondendo de forma direta a pergunta feita no início da crítica, Top Gun: Maverick fez os 36 anos de espera valerem a pena, o filme chegou aos cinemas no momento perfeito! Seja você alguém que presenciou o lançamento do primeiro filme e passou um longo período aguardando por esse momento ou se você teve contato com o longa anos depois dele ter se tornado um clássico, Top Gun: Maverick vai te conquistar.

Pode parecer difícil pensar em um enredo para uma nova história, porém o grupo de roteiristas seguiu os passos de seu antecessor oitentista e optou por trabalhar com uma história simples, o que não é nenhum demérito, onde os eventos do passado e do presente se complementam de uma forma natural. A trama de Top Gun: Maverick parece algo palpável com a realidade ao invés de ser apenas mais uma releitura feita apenas para encher os bolsos dos realizadores, aqui existe uma história para ser contada.

A simplicidade da trama abre espaço para que outras características positivas do filme possam brilhar, a principal delas sendo a cinematografia, a direção de Joseph Kosinski usa de diversos movimentos de câmera e enquadramentos que deixam as cenas mais simples grandiosas. As imagens das aeronaves são um evento a parte, os avanços tecnológicos possibilitaram que a equipe registrasse cenas incríveis que vão deixar os espectadores colados nas cadeiras.

Para captar todos os detalhes de pilotar uma aeronave, os atores gravaram suas cenas dentro de jatos F-18 Super Hornet, o diretor usou 6 câmeras de qualidade IMAX dentro das cabines para captar todas as reações dos atores. Essa escolha, além de deixar as cenas de ação ainda mais intensas também auxilia na imersão do público, os espectadores se sentem como verdadeiros pilotos.

É claro que o elenco não poderia ficar de fora, Tom Cruise retorna ao papel de Maverick como se nunca o tivesse deixado, vemos uma versão mais madura do personagem que precisa lidar com seus traumas do passado e finalmente deixá-los ir, apesar disso a essência divertida e egocêntrica ainda está presente no personagem, o que rende os melhores momentos de humor do filme.

Poder rever o astro Val Kimmer nos cinemas, revivendo o papel de Tom ‘Iceman’ Kazanski, é uma das experiencias mais emocionantes que todos os espectadores poderão sentir ao assistir ao filme. O novo elenco não fica para trás, Jon Hamm, Miles Teller, Glen Powell, Monica Barbaro e Jennifer Connelly estão excelentes em seus papeis.

Apesar disso, Top Gun: Maverick não é um filme perfeito, enquanto seu antecessor ia direto ao ponto, o longa de 2022 é mais introdutório o que pode deixar o longa arrastado em alguns momentos, principalmente nas cenas que apresentam o casal principal, cujas cenas não acrescentam em nada a história e só convencem como um casal após a metade do filme.

Por fim, esses pontos negativos não diminuem em nada a experiencia do filme. Top Gun: Maverick é uma experiência grandiosa e divertida que vai agradar todos os espectadores, é uma bela homenagem ao filme de 1986 e ao diretor Tony Scott, que faleceu em 2012. As cenas de ação e das aeronaves são uma obra de arte que confirmam a declaração de Cruise: esse filme merecer ser assistido nas salas de cinemas.

4.5

ÓTIMO

Top Gun: Maverick é uma experiência grandiosa e divertida que vai agradar todos os espectadores, é uma bela homenagem ao filme de 1986 e ao diretor Tony Scott, que faleceu em 2012. As cenas de ação e das aeronaves são uma obra de arte que confirmam a declaração de Cruise: esse filme merecer ser assistido nas salas de cinemas.