Pânico | Crítica

Com a popularização dos reboots/sequências das franquias de terror nos últimos anos, era apenas uma questão tempo para que Pânico entrasse nessa lista. Na trama, vinte e cinco anos após uma série de assassinatos brutais chocar a tranquila cidade de Woodsboro, um novo assassino se apropria da máscara de Ghostface e começa a perseguir um grupo de adolescentes para trazer à tona segredos do passado mortal da cidade.

Pânico
Divulgação / Paramount

Quando Pânico foi anunciado muitos fãs torceram o nariz para esse novo capítulo e reinicialização da franquia. Além de se tratar de uma franquia amada pelo público e possuir uma legião de fãs até os dias atuais, Pânico também surge em um momento onde os filmes de slasher perderam a força e o público não se interessa tanto por esse tipo de produção. Esse também seria o primeiro filme da franquia sem a direção do mestre do terror Wes Craven, que faleceu em 2015.

E é com esse cenário e críticas que Pânico constrói sua narrativa. Assim como seus antecessores, ele é um filme autoconsciente que utiliza da metalinguagem, do humor ácido e de referências para criar sua história. Aqui temos um filme engraçado, divertido, assustador, sanguinolento e extravagante.

Diferente das outras reinicializações, que ignoram outros títulos da franquia e são uma sequência direta do original, Pânico relembra de seus antecessores e ainda traz o retorno de alguns personagens que irão agradar os fãs da franquia. Esses personagens clássicos servem como gancho para apresentar os novos membros do elenco que estão ligados aos acontecimentos do filme original.

Apesar disso, Pânico não é um filme perfeito, algumas escolhas do roteiro podem parecer forçadas e até mesmo sem sentindo, a grande quantidade de personagens também pode ser um ponto negativo, visto que muitos personagens interessantes acabam tendo pouco tempo de tela e pouco desenvolvimento.

No entanto, esses pontos não prejudicam a narrativa apresentada e tampouco na tensão, aqui Ghostface aparece mais assustador e imprevisível que nunca, além disso as mortes são mais intensas e cruéis que nos filmes anteriores. Aqui, assim como é característico da franquia, todos são suspeitos até que se prove o contrário.

Outra grande surpresa do longa é o elenco, principalmente Melissa Barrera no papel de Sam Carpenter a nova protagonista da franquia que possui um segredo obscuro, além de marcar o retorno de Neve Campbell como Sidney, David Arquette como Dewey e Courteney Cox como Gale.

Pânico é uma surpresa agradável para os fãs da franquia e para os fãs do terror. O longa sabe trabalhar os momentos de tensão e os momentos de humor com maestria. Além de ser uma obra com grande potencial para chamar a atenção das gerações mais novas para o gênero do slasher, assim como o longa original fez em 1996. É possível dizer que Pânico presta uma grande homenagem às obras e à memória de Wes Craven.

Pânico está previsto para estrear nos cinemas do dia 13 de janeiro de 2022.

5

EXCELENTE

Pânico é uma surpresa agradável para os fãs da franquia e para os fãs do terror. O longa sabe trabalhar os momentos de tensão e os momentos de humor com maestria. Além de ser uma obra com grande potencial para chamar a atenção das gerações mais novas para o gênero do slasher, assim como o longa original fez em 1996. É possível dizer que Pânico presta uma grande homenagem às obras e à memória de Wes Craven.