O Telefone Preto I Crítica

O Telefone Preto segue “Finney Shaw, um menino tímido, mas inteligente, de 13 anos, que é sequestrado por um assassino sádico e preso em um porão à prova de som, onde gritar é de pouca utilidade. Quando um telefone desconectado na parede começa a tocar, Finney descobre que pode ouvir as vozes das vítimas anteriores do assassino. E eles estão determinados a garantir que o que aconteceu com eles não aconteça com Finney.”

O longa é estrelado pelo indicado ao Oscar Ethan Hawke e pelas jovens estrelas em ascensão Mason Thames Madeleine McGraw. O elenco também conta com James Ransone, Jeremy Davies, Brady Hepner, Jacob Moran Jordan Isaiah White.

O Telefone Preto combina temas convencionais de terror em seu enredo: um assassino de crianças mascarado e o elemento sobrenatural. O pano de fundo é a Denver no final dos anos 1970 com seu clima de nostalgia, ao mesmo tempo em que nos lembra de nossos pais nos alertando sobre os perigos de se falar com estranhos, de que um bicho-papão ou o famoso homem do saco poderia aparecer e acabar com nossa liberdade ou até mesmo com nossas vidas.

No longa, Finney e sua irmã Gwen vivem com medo de duas coisas: um homem misterioso por trás de uma série de sequestros de crianças, e seu próprio pai, um alcoólatra abusivo que fica violento quando qualquer indício da habilidade psíquica de sua mãe se manifesta nas crianças. Ainda assim, vivem suas vidas, frequentando a escola e as casas de amigos.

Alguns meninos próximos à eles, principalmente os mais durões e atléticos, começam a desaparecer, sendo levados por um homem em uma van preta. Finney é regularmente intimidado, ele se acovarda da violência e depende de sua irmãzinha para salvá-lo, mas isso não impede que o Sequestrador o leve embora em uma tarde e o tranque em seu porão.

Ele é o garoto menos provável de sobreviver por conta de sua fragilidade, então, suas habilidades mediúnicas entram em ação e os espíritos dos garotos assassinados pelo Sequestrador começam a se comunicar com o garoto por um telefone preto desligado. Isso faz com que ele entre em um jogo com o Sequestrador e ficamos na expectativa de que o garoto consiga fugir e não caia em armadilhas cruéis, o que faz com que a tensão seja alta até o final. O filme se destaca pela forma como constrói a história de fundo e revela as reviravoltas peça por peça.

Ethan Hawke aparece como um assassino pervertido que usa uma máscara para assustar suas vítimas e esconder sua identidade, cobrindo seu rosto em grande parte do filme. Ao interagir com seu cativo, o Sequestrador alterna as máscaras com feições horrivelmente torcidas, mas que demonstram seu estado de espírito no momento. Mesmo com o rosto coberto, a voz e a fisicalidade de Hawke entregam um vilão aterrorizante e volátil. As duas crianças principais, interpretadas por Mason Thames e Madeleine McGraw realizam muitas cenas complexas e emocionais, algumas bastante desconfortáveis ​​que incluem violência. Elas fazem isso com maestria, de forma crível e até mesmo com pitadas de humor, sendo um grande destaque.

O Telefone Preto não é assustador no sentido tradicional, fazendo um bom trabalho em deixar as coisas para sua imaginação do espectador. Combinando um thriller de sobrevivência contido com elementos sobrenaturais e poucos sustos, o longa pode agradar até os que não são grandes fãs do gênero de terror, mas ainda possui elementos que vão conquistar os que são.

O longa dirigido por Scott Derrickson e baseado em um dos contos de Joe Hill já tem pré-estreias pagas acontecendo em todo o Brasil. O Telefone Preto chega oficialmente aos cinemas em 21 de julho de 2022.

3.5

Bom

O Telefone Preto não é assustador no sentido tradicional, fazendo um bom trabalho em deixar as coisas para sua imaginação do espectador. Combinando um thriller de sobrevivência contido com elementos sobrenaturais, poucos sustos e um ótimo vilão, o longa pode agradar até os que não são grandes fãs do gênero de terror, mas ainda possui elementos que vão conquistar os que são.