Prepare-se para uma experiência sci-fi emocionante com Ninguém Vai te Salvar, dirigido e escrito por Brian Duffield, conhecido por seu roteiro brilhante em Amor e Monstros. Este é o segundo filme de Duffield, depois de chamar a atenção com a comédia com Espontânea (2020).
Ninguém Vai te Salvar não teve uma estreia nas telonas, chegando direto para os serviços de streaming Hulu nos Estados Unidos e Star+ no Brasil. Assistindo a esse filme, fica difícil não se questionar por que o longa não teve o privilégio de uma estreia nos cinemas. É, sem dúvida, uma das surpresas mais agradáveis do ano no gênero sci-fi. Duffield entrega uma narrativa que evoca clássicos da invasão alienígena, lembrando-nos de Sinais (2002) e a lendária série Além da Imaginação.
Ninguém Vai Te Salvar apresenta Brynn Adams (Kaitlyn Dever), uma jovem criativa e talentosa que foi alienada de sua comunidade. Solitária, mas sempre esperançosa, Brynn encontra consolo dentro das paredes da casa onde ela cresceu — até que uma noite ela é acordada por barulhos estranhos de intrusos decididamente sobrenaturais. O que se segue é um confronto cheio de ação entre Brynne uma série de seres extraterrestres que ameaçam seu futuro enquanto a forçam a lidar com seu passado.
O longa de surpreende de maneira inigualável ao optar por uma abordagem não convencional, deixando de lado os diálogos para se apoiar na extraordinária atuação de Kaitlyn Dever. Com um olhar penetrante, gemidos expressivos e uma performance física envolvente, Dever demonstra por que é considerada uma das melhores atrizes de sua geração.
Toda a narrativa em torno de Brynn, uma jovem solitária que se vê em um mundo invadido por alienígenas. Sem ninguém para contar a não ser a si mesma, ela se torna sua própria defensora, pronta para enfrentar qualquer desafio que a vida pós-invasão lhe apresentar. A jornada da personagem é contada de maneira única, à medida que ela aprende a se proteger e a resistir aos perigos iminentes.
A escolha de eliminar os diálogos do filme cria um ambiente de suspense e tensão que permeia toda a narrativa. O espectador é convidado a se conectar com Brynn de uma maneira mais profunda, uma vez que suas emoções e desafios são transmitidos de forma visceral por meio da atuação impressionante de Kaitlyn Dever.
Brian Duffield mergulha no gênero sci-fi, mas não busca reinventar a roda. O diretor nos leva a uma jornada familiar, explorando elementos que já se provaram bem-sucedidos no passado. Desde o início, somos apresentados aos seres alienígenas, cujo visual evoca as clássicas histórias de invasão que já cativaram o público há décadas.
Com um orçamento mais modesto, Duffield não se intimida com essa limitação financeira e faz um uso inteligente dela. Ele tira proveito ao máximo dos cenários escuros e sombrios para ocultar algumas das imperfeições que naturalmente surgem em produções de menor orçamento. Isso não apenas adiciona um ar de mistério ao filme, mas também demonstra a habilidade do diretor em contornar desafios e entregar uma experiência envolvente.
Ninguém Vai te Salvar nos conduz por uma jornada intrigante e emocional, mas é no seu terceiro ato que encontramos alguns desafios narrativos. Neste ponto, o segredo guardado por Brynn é revelado, mas a profundidade dessa revelação deixa a desejar. No entanto, o desfecho do filme é tão poético quanto provocativo, lançando questionamentos que permanecem com o público muito depois de os créditos finais subirem.
Com uma narrativa cativante e um desfecho que desafia as expectativas, Ninguém Vai te Salvar merecia ser apreciado na grande tela do cinema. Estamos diante de um potencial clássico cult, que terá seu final discutido e analisado por muitos anos.
EXCELENTE
Com uma narrativa cativante e um desfecho que desafia as expectativas, Ninguém Vai te Salvar merecia ser apreciado na grande tela do cinema. Estamos diante de um potencial clássico cult, que terá seu final discutido e analisado por muitos anos.