Não Tem Volta I Crítica Não Tem Volta I Crítica

Não Tem Volta I Crítica

Divulgação

Não Tem Volta, o novo filme nacional da Conspiração, protagonizado por Manu Gavassi (Maldivas) e Rafael Infante (Vai Dar Nada) – com coprodução da Star Original Productions, distribuição pela Star Distribution e apoio RioFilme – chega aos cinemas em 23 de novembro de 2023.

No longa, Henrique (Rafael Infante) e Gabriela (Manu Gavassi) estão juntos há três anos, mas ela não aguenta mais as crises de ciúme do namorado e resolve terminar o relacionamento. Isso é a gota d’água para Henrique, que não consegue superar a separação e, mesmo um ano depois, ainda está tão devastado que é incapaz de se animar com mais nada, nem ninguém.

Após uma tentativa frustrada de suicídio, ele percebe que não tem capacidade de tirar a própria vida e contrata uma empresa de assassinos de aluguel para fazer o serviço. Henrique fica sabendo que existe apenas uma regra: depois do aperto de mãos, não tem volta. A empresa usa um sistema de segurança de informação que garante o anonimato do executor final e por esse motivo, não tem como desistir depois que o processo é iniciado.

Com o contrato assinado, Henrique fica apenas esperando o momento chegar. Até que Gabriela retorna de seus trabalhos no exterior e percebe que gostaria de reatar o relacionamento com ele. A vida volta a ser boa, então Henrique começa a tentar descobrir quem será o executor para tentar cancelar seu assassinato. Ele acaba arrastando Gabriela para essa aventura repleta de situações mirabolantes que se passa no Rio de Janeiro e na Bahia.

Não Tem Volta conta com a direção de César Rodrigues (Minha Mãe É Uma Peça 2) e roteiro original de Fernando Ceylão (A Superfantástica História do Balão), que consegue se destacar entre os tantos outros filmes de comédia brasileiros por sua originalidade. O longa mistura vários gêneros, trazendo também pitadas de romance, ação e drama. Com uma trama envolvente, o filme relata as inseguranças, o amor, os perrengues e os momentos divertidos de dois jovens adultos que estão aprendendo a lidar com suas vidas e com seu relacionamento recém reatado.

O filme não tem a proposta de fazer piadas ou ser pastelão, o humor acontece por conta dos diálogos e das situações inusitadas. As cenas de ação não são grandiosas e irreais como de muitos filmes do gênero, elas fazem todo o sentido dentro da trama e das habilidades dos dois personagens principais, fluindo naturalmente e fazendo com que também tragam um certo humor.

Os personagens são carismáticos, com uma dupla de protagonistas que tem uma boa química. A Gabriela de Manu Gavassi é uma mulher independente, que está focada em sua carreira. Diferente da maioria das produções de comédia romântica, em Não Tem Volta não é a mulher que está sofrendo com o fim do relacionamento e tendo dificuldades para seguir com sua vida.

O Henrique de Rafael Infante é engraçado por conta de sua personalidade sempre com os nervos à flor da pele, mas ele é um personagem mais problemático por ser ciumento e pela enorme dependência que tem de sua namorada. Pode parecer estranha a escolha de trazer um personagem com essas fraquezas como protagonista, mas são características que, desde o início com o desejo de se matar até a cena do início dos créditos, vão sendo amarradas no roteiro para mostrar o crescimento do personagem como pessoa.

Não Tem Volta é um filme leve e divertido que serve como um bom passatempo. Inclusive, se você não é muito fã das comédias nacionais, vale a pena dar uma chance, pois é um filme  foge do estilo mais pastelão que estamos acostumados a ver em outras produções.

3.5

Bom

Não Tem Volta tem um roteiro divertido e original, que mistura comédia com pitadas de outros gêneros. A dupla de protagonistas faz um bom trabalho e esbanja química na tela.