La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 1 | Crítica |

La Casa de Papel, o fenômeno da Netflix, chega ao seu final depois de altos e baixos e muita enrolação. A última temporada dividida em duas partes recuperou o fôlego que a série havia perdido, com uma trama mais direta e altas doses de adrenalina.

La Casa de Papel: Parte 5 - Volume 1 | Crítica |
Divulgação/Netflix

Os primeiros cinco episódios de La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 1 chegaram na última sexta-feira (03), começando exatamente onde parou. O grupo de assaltantes conseguiu resgatar Lisboa (Itziar Ituño), mas não há motivos para comemorar — muito pelo contrário: o momento é de tensão e luto. O Professor (Álvaro Morte) foi capturado por Sierra (Najwa Nimri) e, pela primeira vez em sua vida, ele não tem um plano de fuga. E quando parecia que a situação não tinha como piorar, aparece um inimigo muito mais poderoso do que qualquer outro que já enfrentaram: o exército. O maior roubo da história está chegando ao fim — e aquilo que começou como um assalto está prestes a se transformar em guerra.

O primeiro ponto a destacar foi a narrativa dos episódios. Distribuídos com 50 minutos cada, pela primeira vez é é possível maratonar a série sem olhar para o relógio. Em nenhum instante o tempo pareceu passar, dado a forma como a história e o caos envolvendo o grupo são tratados.

O Professor saiu da zona de conforto após ser capturado por Sierra, que mais uma vez rouba a cena. Contudo, a antiga inspetora entra em uma sinuca de bico, já que sua integridade foi destruída pelo Coronel após todo o escândalo na temporada anterior. Há uma guerra psicológica entre Sierra e Professor, sendo o desfecho satisfatório, mas preparando surpresas pela frente. Nem tudo é o que parece nesses cinco primeiros episódios.

Novos personagens são introduzidos, entre eles, o filho de Berlim e uma figura do passado de Tóquio (Úrsula Coberó). Os flashbacks pouco acrescentam na narrativa, com exceção do episódio 5 que explora com eficiência a forma que Tóquio encara a vida, confirmando a personagem do grupo com maior pano de fundo da série.

La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 1 acerta em cheio nos conflitos. Com o tempo passando, é normal que os nervos fiquem a flor da pele, mas é interessante a forma como trabalharam a desconfiança da polícia com as atitudes do Coronel, que deixa claro estar fazendo de tudo para limpar seu nome. Tem muita coisa embaixo do tapete, e o Professor usa a corrupção para ganhar tempo e tentar liberar seu grupo.

A jornada de Arturito (Enrique Arce), um dos personagens mais insuportáveis da série, finalmente ganha um desfecho. Mas a figura tóxica do personagem abre discussões importantes, principalmente, sobre as sequelas psicológicas que ele deixou em Estocolmo (Esther Acebo), que demonstra não ter suportado o embate final contra o ex-companheiro.

Por fim, La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 1 foi primeiro aceno para o desfecho da série. De forma eficiente, a série mergulha nos personagens e suas respectivas jornadas sobre redenção e esperança.

La Casa de Papel: Parte 5 – Volume 2 estará disponível na Netflix no dia 03 de dezembro de 2021.

https://www.youtube.com/watch?v=pK1cWze6ozY

4

ÓTIMO

La Casa de Papel, o fenômeno da Netflix, chega ao seu final depois de altos e baixos e muita enrolação. A última temporada dividida em duas partes recuperou o fôlego que a série havia perdido, com uma trama mais direta e altas doses de adrenalina.