Jungle Cruise | Crítica |

Jungle Cruise é a adaptação da Disney do parque temático de mesmo nome. É um projeto antigo do estúdio depois do sucesso de Piratas do Caribe. Com os adiamentos devido à pandemia, o longa está disponível nos cinemas e pelo Premier Access do Disney+.

Jungle Cruise | Crítica |
Divulgação/Disney

O diretor Jaume Collet-Serra e uma equipe de roteiristas trazem uma aventura que não almeja alcançar o sucesso de Piratas do Caribe, mas ser um entretenimento despretensioso para toda a família. E digo mais. Foi preciso muita criatividade para desenvolver uma boa história, já que o parque temático está longe de ser um dos mais atrativos ou com uma história de fundo.

A trama ambientada na Amazônia acompanha o espirituoso Capitão Frank Wolff (The Rock) e a intrépida pesquisadora Dra. Lily Houghton (Emily Blunt). Lily viaja de Londres para a floresta amazônica e alista os serviços questionáveis ​​de Frank para guiá-la rio abaixo em La Quila – seu barco desgastado, mas charmoso. Lily está determinada a descobrir uma árvore milenar com propriedades curativas únicas, que tem o poder de mudar o futuro da medicina. Juntos, nesta jornada épica, a dupla improvável enfrenta forças sobrenaturais e uma miríade de perigos à espreita na beleza enganosa da selva exuberante. Mas, à medida que os segredos da árvore perdida são revelados, os perigos aumentam ainda mais para Lily e Frank, e seu destino – e o da humanidade – está por um fio.

Com uma estrutura de aventura que lembra filmes do gênero dos anos 80 e 90, Jungle Cruise se apoia no carisma de seus dois protagonistas. A personagem de Blunt, Lily Houghton, faz a típica aventureira que conta com seu irmão mimado MacGregor (Jack Whitehall). A dinâmica entre os dois lembra Rachel Weiz e John Hannah de A Múmia. Já o personagem Frank Wolff de Dwayne “The Rock” Johnson sofre um pouco devido ao roteiro que pouco aproveita o carisma do seu astro. No início, vemos The Rock encarnando uma persona mal-humorada, que sutilmente é corrigida pelo carisma e otimismo do ator, que conta com a parceria de Blunt. Porém, desde o início, o filme busca criar um clima romântico entre os dois personagens. Mas Frank e Lily combinam mais como aventureiros do que um casal romântico. Outra boa adição foi Jesse Plemons (Breaking Bad), que interpreta o vilão principal, Príncipe Joachim. Um típico antagonista da Disney que consegue tanto divertir quanto ameaçar.

Os efeitos visuais funcionam em algumas cenas, mas pecam em outros. Ficando claro que faltou refinamento em algumas sequências. Embora a pandemia possa ser motivo de desculpa, se trata de um filme finalizado em 2019. A edição também não soube aproveitar belíssimas tomadas que o filme proporciona. Há imagens espetaculares, mas que nunca duram o suficiente para se tornarem icônicas. As cenas de ação também soam curtas, quando havia espaço para mais.

Por fim, Jungle Cruise é uma aventura protocolar com mais cara de Disney+ do que cinema. O grande atrativo não é o fato do filme ser inspirado em um parque temático. Está nos dois protagonistas que se divertem em cena e vão garantir diversão para toda família.

3

BOM

Jungle Cruise é uma aventura protocolar com mais cara de Disney+ do que cinema. O grande atrativo não é o fato do filme ser inspirado em um parque temático. Está nos dois protagonistas que se divertem em cena e vão garantir diversão para toda família.