John Wick 4: Baba Yaga | Crítica John Wick 4: Baba Yaga | Crítica

John Wick 4: Baba Yaga | Crítica

Divulgação

John Wick 4: Baba Yaga é um retorno triunfante para a icônica franquia de ação criada por David Leitch e Chad Stahelski que se tornou uma referência no gênero. Quase dez anos após o lançamento do primeiro filme, a saga ainda consegue manter sua reputação como uma das melhores franquias de ação dos últimos tempos.

John Wick 4: Baba Yaga | Crítica

O novo filme traz John Wick (Keanu Reeves) descobrindo um caminho para derrotar a Alta Cúpula. Mas, antes que ele possa ganhar sua liberdade, deve enfrentar um novo inimigo com poderosas alianças em todo o mundo e forças que transformam velhos amigos em inimigos.

John Wick 4: Baba Yaga marca o retorno do diretor Chad Stahelski, mas sem a presença do criador da franquia, Derek Kolstad. Embora Stahelski consiga entregar cenas de ação impressionantes, o filme deixa a desejar em termos de profundidade narrativa e coesão, provavelmente devido à ausência da mão orientadora de Kolstad. Apesar de suas falhas, o filme ainda mantém o alto nível de ação que os fãs esperam da série. No geral, o longa ainda oferece emoções suficientes para satisfazer os fãs mais ardorosos da série.

Keanu Reeves entrega uma atuação poderosa e carismática, mostrando a evolução do personagem desde o primeiro filme. O ator prova mais uma vez que é um dos maiores astros de ação do cinema atual. Sua performance em John Wick é impressionante, especialmente nas sequências de ação que são longas, intensas e desafiadoras. Reeves mostra um alto nível de engajamento em cada cena, deixando claro que sua dedicação ao papel é inabalável.

O elenco de apoio, incluindo Ian McShane, Lance Reddick e Laurence Fishburne, também entregam performances de alto nível, elevando ainda mais a qualidade do filme. Há de lamentar o falecimento repentino de Lance Reddick, que não pôde testemunhar o resultado final de seu trabalho.

A atuação de Bill Skarsgård como o vilão do filme é um dos destaques desta produção, embora o roteiro apresenta algumas falhas que prejudicam o seu desenvolvimento ao longo do filme. Apesar de não ser o melhor antagonista da franquia, há elementos positivos a serem destacados, mas a falta de um roteiro mais coeso impede que o filme alcance todo o seu potencial.

Donnie Yen rouba a cena como um velho amigo do protagonista. O personagem é bem desenvolvido, com motivações e camadas interessantes, e Yen o interpreta com maestria. Nas cenas de ação, o artista marcial mostra porque é tão respeitado no mundo do cinema de ação. A cantora Rina Sawayama realiza sua estreia no mundo do cinema de forma memorável com sua interpretação de Akira. Ela demonstra uma presença de tela cativante e uma energia que ilumina cada cena em que aparece. Rina Sawayama certamente deixa uma forte impressão e mostra que é uma artista a ser observada tanto na música quanto na atuação.

No quesito ação, John Wick 4: Baba Yaga é um espetáculo que presenteia o público com cenas de ação impressionantes, combinando coreografias de luta elaboradas com um estilo visual estilizado e cinematográfico.

A franquia é notável por sua habilidade em criar sequências de ação impressionantes e uma das cenas a se destacar é um plano sequência que deixa o espectador de queixo caído. Com uma estética que lembra um cenário de videogame, a cena apresenta uma ação de tiroteio e pancadaria irrefreáveis, deixando o público totalmente imerso na ação. Com certeza, essa cena será lembrada como um dos momentos mais icônicos do cinema de ação recente.

John Wick 4: Baba Yaga é uma experiência cinematográfica emocionante, que continua a elevar os padrões de ação e narrativa em um gênero tão saturado. Com um elenco talentoso e uma direção habilidosa, o filme certamente vai agradar tanto aos fãs antigos quanto aos novos espectadores. É uma ode aos filmes de ação e uma prova de que a franquia John Wick continua forte e relevante após uma década de sua criação.

Ps: Há uma cena pós-créditos que vale a pena aguardar. 

4

ÓTIMO

John Wick 4 é uma ode aos filmes de ação e uma prova de que a franquia John Wick continua forte e relevante após uma década de sua criação.