Hora Do Massacre Hora Do Massacre

Hora Do Massacre | Crítica

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Hora Do Massacre coloca em confronto jovens da geração Z e um assassino obsessivo em uma noite repleta de violência. No longa, um grupo de jovens ativistas – formado por Karim (Tom Gould), Ethan (Benny O. Arthur), Yasmin (Jacqueline Moré), Grace (Alessia Yoko Fontana), Tyler (Kyle Scudder) e Emily (Charlotte Stoiber)  – resolvem invadir uma loja de móveis de uma grande rede a fim de protestar contra o uso de madeira de florestas tropicais na fabricação de seus produtos.

Eles esperam escondidos até a loja fechar e todos os funcionários irem embora, então, munidos de seus celulares e usando máscaras de diferentes animais, eles começam a gravar vídeos vandalizando os objetos em exposição, com a intenção de chamar atenção para o que está acontecendo na Amazônia.

Infelizmente para eles, Jack (Aidan O’Hare) e seu corpulento irmão Kevin (Turlough Convery), estão no serviço de segurança. Ambos estavam trabalhando no turno da noite porque Kevin resolveu ficar violento com um garoto que o provocou dentro da loja recentemente e essa foi a solução que encontraram para os irmãos manterem seus empregos. Por conta disso, o grandalhão foi obrigado a renunciar ao seu fim de semana de caça primitiva na selva e as circunstâncias ditam que ele pode perseguir presas maiores e ainda melhores do que animais.

O longa é dirigido pelo coletivo de diretores RKSS – Roadkill Superstars, composto por Yoann-Karl Whissell, François Simard e Anouk Whissell, que já trabalharam juntos anteriormente nos filmes Verão de 84 e Turbo Kid. Um ponto central de todos os seus trabalhos é a juventude no centro da trama, contrastando com violência. Em Hora Do Massacre esses elementos aparecem, além disso, eles adotam uma fórmula genérica de filme de luta pela sobrevivência que tem um assassino aparentemente todo-poderoso e indestrutível, possíveis garotas finais e personagens inequivocamente desagradáveis ​​​​que secretamente mal podemos esperar para ver serem mortos.

Nenhum dos ativistas é particularmente simpático. Não estou dizendo que ser chato ou irritante seja motivo para ser massacrado por um maníaco, mas com seus discursos vazios sobre práticas predatórias das grandes corporações e uma enorme propensão a tomarem decisões erradas, eles são o tipo de gente que o público desse subgênero ficaria mais do que feliz em ver sendo eliminado de maneiras criativas. A trama ainda dá ao assassino algum nível de justificativa para enlouquecer e o filme consegue ser tenso do início ao fim.

Kevin mata de maneiras inventivas, se utilizando de seus conhecimentos como caçador para fabricar armadilhas montadas à partir dos inúmeros objetos perigosos que uma loja desse tipo pode oferecer. Em suas mãos, utensílios de cozinha, tubos e pernas afiadas de bancos de bar tornam-se instrumentos de morte. Enquanto isso, os ativistas tem apenas suas armas de paintball e vontade de sobreviver. Não importa se eles estão em maior número, são mais jovens ou estão melhor forma do que Kevin. Nada segura esse homem enfurecido e as mortes são brutais – prato cheio para quem ama ver bastante violência na telona.

As atuações do elenco, relativamente desconhecido, não chamam a atenção e os personagens não são desenvolvidos. Pouco sabemos sobre eles, pois estão ali para um único fim: morrer de forma criativa. Também não importa muito o desenvolvimento da narrativa, já que o foco está muito mais na criatividade do assassino nesses jogo de gato e rato, do que qualquer outra coisa. Hora Do Massacre é um filme feito de maneira competente e que consegue divertir em alguns momentos, mas que não traz nada de novo e acaba se tornando apenas mais um terror esquecível.

Hora Do Massacre tem distribuição da Imagem Filmes e estreia marcada para o dia 18 de julho nos cinemas nacionais.

 

 

 

 

 

2.5

Regular

Hora Do Massacre joga um bando de ativistas do TikTok em um jogo de gato e rato em que um segurança de loja – que se acha um caçador primal – inventa modos criativos e sangrentos de acabar com esses jovens. É difícil de se importar com qualquer um deles, apesar de ser divertido ver como eles são eliminados.