Eternos | Crítica |

O novo filme da fase quatro da MCU, Eternos, estreou hoje (04) nos cinemas brasileiros. A produção conta a história dos Eternos, que são uma raça criados por Celestiais, os quais vivem na Terra há milhões de anos para promover a diversidade genética do universo. Porém, os experimentos genéticos dos Celestiais originaram também os Deviantes, controlados por Kro, que são criaturas malignas. A produção, que é uma peça chave do novo universo cinematográfico, também é o filme mais bonito e diferenciado.

Eternos | Crítica |
Divulgação/Marvel Studios

Antes de assistir ao filme, aqui vai um conselho: Esqueça tudo o que você já viu. Eternos atinge um nível de perfeição no cenário audiovisual que, mesmo com tanta tecnologia que facilita esse tipo de desenvolvimento, ainda sim, conseguimos ser impactados por uma beleza surreal. Estamos falando de cenários reais. E gravar e contracenar em lugares ao ar livre que vão dar vida para um novo mundo, deixa tudo mais bonito, o que facilita para o seu encanto. Eternos consegue ser intenso e leve ao mesmo tempo. Para começar, a história é lenta. Não que isso seja ruim, mas foi necessário para desenvolver o seu conto de forma natural e para explicar o surgimento dos imortais, já que eles nunca foram citados nas produções da Marvel. Por isso, o filme “mastiga” informações cruciais para o seu público. Então, Eternos possui uma “pegada” diferente de qualquer outra produção do universo cinematográfico da Marvel.

Mesmo com uma lentidão necessária, as cenas de ações – que são poucas – são introduzidas nos momentos certos e são muito bem executadas. Mas o que chama atenção no filme, além de sua fotografia e trilha sonora, são os personagens. Ao todo, são dez seres. E mesmo em um longa com 2h37 min, conseguimos assistir – mesmo superficialmente – o desenvolvimento de cada um. O que entrega sentimentos amorosos entre as entidades. O filme também apresenta uma cena de sexo, que também é muito superficial, e um beijo gay (que nesse momento foi emocionante de poder assistir em uma tela de cinema e em um universo que, infelizmente, ainda diverge opiniões com falas preconceituosas). E especificamente nesse momento, é desenvolvido de forma natural, simples mas importante.

Como a apresentação dos personagens é um destaque ao longo da história, percebemos um lado humano nos imortais que acabamos nos identificando. E claro, a pergunta que não quer calar: Por que os Eternos não interferiram na batalha entre Thanos e os Vingadores? Essa questão é respondida logo no começo do filme, mas acaba sendo um ponto de debate durante todo o enredo, o que é levantado pelo personagem Druig, interpretado por Barry Keoghan, que tem o poder de controlar a mente além de enganar os seus oponentes com ilusões. E essa apresentação também leva para um lado cômico. O filme é bastante divertido e descontraído. De forma natural, os personagens criam piadas entre si e até de outros super-heróis, como os Vingadores. E se você achava que DC x Marvel não poderiam ser amigas, Eternos quebra essa “rixa” entre os dois universos com citações de Batman, Superman e até Star Wars.


SPOILERS!!!


Vale destacar que Eternos apresenta duas cenas pós-créditos. A primeira cena, vemos a estreia do cantor e ator Harry Styles, que dá vida ao personagem Starfox, irmão de Thanos. Ao lado de Pip, ex-príncipe Gofern do planeta Laxidazia, no Sistema Dolenz, na Via Láctea, que sofreu uma mutação com sua embriaguez se tornando um “troll” sarcástico e com problemas com bebidas, Starfox decide ajudar Thena, Druig e Makkari a acharem os outros Eternos, Sersi, Kingo e Phastos, que foram levados por Arishem após uma decisão de crucificar um Celestial. Já a segunda cena pós-créditos, levanta teorias sobre o Cavaleiro Negro, com o surgimento da Espada de Ébano, que será interpretado por Kit Harington, que já aparece no filme como Dave, o namorado humano de Sersi.

Eternos possui um elenco com atores de diversas etnias como Angelina Jolie, Richard Madden, Gemma Chan, Salma Hayek, Don Lee, Kumail Nanjiani, Barry Keoghan, Lia McHugh, Lauren Ridloff e Brian Tyree Henry no elenco. E pela terceira vez, uma produção da Marvel é dirigida por uma mulher: Dessa vez, pela incrível e talentosa Chloé Zhao vencedora ao Oscar 2021 como “Melhor Diretor” e “Melhor Filme” com Nomadland.

5

ÓTIMO

Eternos atinge um nível de perfeição no cenário audiovisual que, mesmo com tanta tecnologia que facilita esse tipo de desenvolvimento, ainda sim, conseguimos ser impactados por uma beleza surreal.