Um dos quadrinhos mais esperados – e porque não, que mais demorou para chegar – no Brasil foi a minissérie do Visão. Premiada lá fora, aclamada, ela demorou para atrair os editores da Panini Comics, editora que possui os direitos do licenciamento da Marvel Comics no Brasil. “Visão – Eu também serei salvo pelo amor” foi escrita por Tom King e desenhada por Gabriel Hernandez Walta.
Seguindo os de Visão – Pouco Pior que um Homem, vemos que a família de faz de conta do personagem começa a ruir. Tom King (Xerife da Babilônia, Senhor Milagre) faz o personagem lembrar seus dias com Wanda Maximoff, a Feiticeira Escarlate. Como o relacionamento deles não deu certo, ela deu para ele seus padrões mentais. A ironia da história é que ela hoje estava com o Simon Williams, o Magnum, cujos padrões mentais foram usados na criação do próprio Visão. Foram os padrões de Wanda que criaram Virgínia.
Os Vingadores chamam o “irmão” de Visão para ir observa-lo mais de perto, Victor Mancha. Victor também é uma criação de Ultron, e tem seu irmão como exemplo moral. O problema é que isso vai causar mais tragédias ainda para a família, porque alguém vai descobrir que ele é um espião.
Isso vai levar ao previsível confronto contra todos os Vingadores. Mas a maneira que Tom King faz para levar a esse confronto, em Visão – Eu também serei salvo pelo amor, as coisas que acontecem, diferem muito do que podemos esperar de um quadrinho de super-herói. Toda a relação criada entre Visão, Virgínia, Viv, Vin e o cão Faísca, é muito legal. Sua estranheza com o mundo ao redor, a vida suburbana, e as maneiras que eles tentam se adequar a isso – nem sempre com sucesso – torna essa HQ diferente.
Visão – Eu também serei salvo pelo amor é um quadrinho realmente bom, que vale a pena ser lido e relido.