Ler é Bom, Vai | A Saga do Monstro do Pântano, por Alan Moore – Ritos de primavera

Depois de algumas edições, Stephen Bissette e John Totleben voltam a Saga do Monstro do Pântano. O motivo desta ausência foi porque eles precisavam de tempo para inserir no papel a ideia de Alan Moore: Ritos de Primavera (The Saga of the Swamp Thing #34, março de 1985). Mais um dos momentos que entraram para a posteridade nesta história.

Por que Ritos de primavera é tão importante? Porque é uma viagem lisérgica que fala sobre amor. Matthew Cable está no hospital em coma desde “Balé de enxofre“, e não existe perspectiva que ele consiga se recuperar. Sua esposa, Abigail, já recuperada dos eventos de “Descida entre os mortos” passa pelo luto e decide se abrir com o Monstro do Pântano. Eu não sei se já existia o termo shippar nos anos 1980, mas tenho certeza que muita gente deve ter torcido por esse casal.

No resto da edição, acompanhamos uma cena lisérgica, onde Abby come um dos frutos do Monstro do Pântano e entra em comunhão com o Verde, onde ele acessou pela primeira vez em “Empantanado“. É engraçado que não é a primeira vez que se fala em comer o fruto do Monstro, porque Jason Woodrue comeu em “Lição de anatomia“, o que causou espanto e fez Abigail vomitar.

O legado de Ritos de primavera

É uma edição sobre o início de um relacionamento entre uma planta e uma mulher. Isso poderia ser bizarro, nojento ou surpreendente. Porém, Alan Moore trabalha com a situação de uma maneira que a história se torna bonita. O Monstro do Pântano possui uma humanidade inquestionável. Mesmo depois de “Lição de anatomia“, quando descobrimos que ele nunca foi um homem, ele não deixou de ser visto e agir como um homem.

Próxima edição: Noticias do Fuça-Radioativa

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