Solidão monocromática alienígena. Essa é a temática de “Meu paraíso azul“, um clássico do Monstro do Pântano. Foi publicado originalmente em Swamp Thing #56, de janeiro de 1987. O roteiro é de Alan Moore, e a arte de Rick Veitch e Alfredo Alcala.
Durante os eventos de “O jardim das delícias terrenas“, apareceu que o Monstro do Pântano havia morrido no atentado da IDD. O dispositivo inventado por Lex Luthor mudou a afinação do elemental da Terra, impedindo que ele acessasse o Verde. Quando ele não conseguiu deixar seu corpo da maneira usual, ele deu um salto no escuro.
“É tudo azul“.
O Monstro do Pântano chegou a um planeta alienígena. Seus únicos habitantes são insetos, peixes e a vegetação local. O interessante é que o planeta é todo azul. Toda a cor do planeta é composta por tons de azul. Todos os tons possíveis.
Oprimido pela solidão e com medo de tentar se lançar novamente ao espaço, o Monstro do Pântano começa a flertar com a loucura. Primeiro cria uma outra cópia sua, onde começa a jogar xadrez. Depois, cria uma Abigail Cable feita com plantas.
Inebriado pelo seu aparente sucesso, ele cria toda a cidade de Huma. Algumas coisas ficam muito boas, outras nem tanto. Muitas coisas ele não se lembra claramente. Outras ele não consegue deixar perfeitas, como o sorriso de Abby. Aparece um John Constantine mais real do que deveria, colocando em cheque toda essa situação.
O Monstro do Pântano vai conseguir suportar isso? Por quanto tempo?
O legado de “Meu paraíso azul”
Um sensacional conto de ficção científica e uma mudança enorme nos paradigmas da Saga do Monstro do Pântano até então. Sua jornada de descobrimento se encerrou em “O fim“. Tivemos um vislumbre de seu poder total em “Jardim das delícias terrenas”. O que fazer então? Para onde levar um personagem que é praticamente um deus?
“Para o espaço”, deve ter pensado Alan Moore. A vida do Monstro do Pântano está resolvida, afinal. Ele tem uma esposa, venceu seus inimigos e parece ter poder para lidar com qualquer coisa que o escritor lançar contra ele. Para onde se pode a partir daí?
Impossível não lembrar da passagem do Dr. Manhattan em Marte durante Watchmen. É quase a mesma coisa, em estilo.
Próxima edição: Mistério no Espaço