Fins e recomeços. Assim podemos definir essa edição do Monstro do Pântano. “Em casa“, publicado originalmente em The Saga of the Swamp Thing #51 (agosto de 1986) , narra os acontecimentos posteriores a batalha nas bordas do céu e do inferno. O roteiro é de Alan Moore e a arte é assumida por Rick Veitch e Alfredo Alcala, que se tornariam os principais artistas daqui por diante.
Depois de “O fim” e sua batalha final, o Monstro do Pântano, o Desafiador e o Vingador Fantasma só querem voltar aos seus afazeres. Depois de viajar de volta ao mundo dos vivos, o Monstro encontra John Constantine, que fala que que vai voltar para a Inglaterra, depois de um bom tempo. O mundo, eles acham, está voltando para o seu lugar.
O problema é que enquanto tudo vai bem para o Monstro do Pântano, Abigail Cable está em uma situação terrível. Foi descoberto que ela se relaciona com o Monstro, então ela é presa e passa a sofrer preconceito por todos. Seja o escárnio de todos, assédio em cartas e telefonemas… Ela perde seu emprego no Elisium Laws. E decide fugir para uma cidade maior, onde possa desaparecer. A escolha: Gotham City.
O legado de “Em casa”
Quadrinhos mensais são assim. Uma saga acaba, outra precisa começar. O Monstro do Pântano salvou a realidade da Escuridão Primordial. Em qualquer outra mídia, esse seria um final digno e adorado. O próprio nome da história era “o fim”. Mas o show precisa continuar.
Alan Moore então decide fazer uma história sobre pessoas e seus preconceitos, e coloca Abby como vítima. Ninguém se importa que o Monstro do Pântano seja uma criatura inteligente. Todos o consideram um monstro, e portanto ela é digna de desprezo, por ousar se relacionar com algo não humano. Quase como alguém que se deita com os animais.
Destaque também é que a saída de Constantine da história do Monstro do Pântano acabou abrindo espaço para ele começar sua própria revista, Hellblazer. O próprio Moore sugeriria o escritor ideal para o personagem, alguém com quem já havia trabalhado nos quadrinhos ingleses: Jamie Delano.
Próxima edição: Consequências naturais