A Saga do Monstro do Pântano, por Alan Moore – O Sono da Razão

Depois do catártico fim do primeiro arco de histórias, A Saga do Monstro do Pântano começa a pavimentar o caminho para sua próxima grande saga. Para isso Alan Moore, Stephen Bissette e John Totleben criaram “O Sono da Razao“, em The Saga of the Swamp Thing #25 (junho de 1984).

A história se divide entre um misterioso estranho, chegando em Baton Rouge, e Abigail Cable. O primeiro revela conhecimentos sobre as pessoas e o seu futuro que deixa todos inquietos. Ele vai até um antiquário e compra uma tabuleiro ouija. O “demônio” sente que algo aconteceu na cidade por causa dessa peça.

Abbby conta para o Monstro do Pântano que conseguiu um emprego em uma casa que cuida de crianças autistas. Comenta que ele está mudando de cor, ele responde “é o outono”. Na casa para as crianças, ela conhece Paul, que exibe um comportamento com fixação por soletrar. Esse menino tem uma fixação por algo que chama de Rei Macaco.

Em casa, a relação entre Abigail e Matthew parece bastante conturbada. Matt reclama que ela se importa mais com as crianças do que com ele. Quando ela sai, ele exibe seus poderes de novo, modificando a realidade com eles, para pedir que ela se desculpe.

Enquanto Abigail descobre que Paul perdeu seus pais em um acidente estranho, ele sonha que eles foram mortos pelo Rei Macaco. Que agora está na casa e vai devorar o medo das outras crianças.

A história termina com o encontro entre Abigail e o estranho, que se apresenta como Jason Blood. Sozinho, o Monstro do Pântano divaga:

“O que vem com o outono? Ele sabe. É o medo.

O Legado de O Sono da Razão

Essa história serve para passar o protagonismo do Monstro do Pântano para Abgail. Alan Moore sempre prezou por personagens femininas fortes, algumas vezes sem os poderes dos principais masculinos, mas sempre tão capazes e corajosas de lidar com os problemas.

Dar para Abby um emprego cuidando de crianças autistas, considerando seu próprio histórico com doenças mentais, era afirmar que ela era tão capaz quanto qualquer um. O desenvolvimento do relacionamento dela e Matt em algo mais sinistro também encaixa em um plano maior, que vai repercutir nas histórias a seguir.

A chegada de Jason Blood foi a revitalização de um personagem clássico da DC Comics, há muito esquecido. Alan Moore sempre foi um fanático por cronologia e personagens que se tornaram esquecidos, e vai revitalizar vários no decorrer da história.

Também é uma mudança de clima, de um mais fantástico para um terror mais clássico, algo que vai ser a norma daqui para a frente, principalmente durante a Saga do Gótico Americano.

Próxima edição: … uma hora de correr…

Guia de Leituras

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *