O final do primeiro capítulo. Assim podemos chamar “Raízes“, publicada em maio de 1984 em The Saga of the Swamp Thing # 24, escrita por Alan Moore e desenhada por Stephen Bissette e John Totleben. Enquanto encerra uma etapa, A Saga do Monstro do Pântano também se abre para o Universo DC.
Acima do mundo há uma casa onde as extrapessoas se reúnem. Há um homem alado como um pássaro. Há um homem com visão de alcance planetário e que espreme diamante do antracito. Há um homem tão veloz que sua vida é uma galeria interminável de estátuas. Na casa acima do mundo eles se encontram… sentam… e ouvem.
É essa a descrição de Alan Moore para a Liga da Justiça, naquela fase em que estavam em um satélite no espaço. Eles assistem impotentes as ameaças de Jason Woodrue, o Homem Florônico, de exterminar a raça humana. Enquanto antigo inimigo deles, ele jamais fora tão poderoso. E insano.
Voltamos para o final de “Outro Mundo Verde“, com o Homem Florônico e o Monstro do Pântano frente a frente. Woodrue não consegue entender porque o Monstro voltaria da paz no Verde. Insano, ele acredita que o Monstro também quer a destruição do mundo, até se agredido e ambos começarem o combate.
Durante a luta o Monstro explica que não é o Verde que busca a destruição da humanidade, mas sim Woodrue. Ele está contaminando o Verde com sua loucura. Por fim pergunta: se os animais morrerem, que fará as trocas gasosas de oxigênio pelos gases que as plantas respiram. Incapaz de responder e percebendo que a natureza lhe dá as costas, o Homem Florônico foge e busca se esconder, tentando fazer de conta que é apenas humano.
No fim o Monstro do Pântano conversa com Abigail e afirma que está em paz.
O legado de “Raízes”
A Saga do Monstro do Pântano era, até aqui, eventos bastante afastados da cronologia da DC Comics. Alan Moore decide então integrar os acontecimentos com o resto do Universo DC. O Arqueiro Verde até faz a pergunta:
“Eu não acredito! A gente aqui de olho em Nova York, Metrópolis, Atlântida… mas quem cuidava de Lacroix, Louisiana?”
Com o tempo essas aparições iriam se tornar cada vez mais comuns, integrando o Monstro do Pântano com resto da DC. Isso seria bastante comum até os primeiros dias do selo Vertigo, porque acompanharíamos Constantine, Sandman e outros interagindo bastante com Superman, Batman, etc. A tentativa na época é que tudo fosse a mesma coisa, só depois que mudou.
Pode parecer difícil entender como o mesmo mundo reluzente do Superman tem esses horrores rastejantes, mas fica a pergunta do Arqueiro.
Próxima edição: O sono da razão…