Aventureiras para lá de diferentes em um mundo de fantasia medieval. Isso é Rat Queens, escrito por Kurtis J. Wiebe e com arte de Roc Upchurch e publicado pela Image Comics. Aqui no Brasil a Jambô Editora reuniu as cinco primeiras edições em um volume chamado Pancadaria & Feitiçaria.
As Rat Queens (Ratas Rainhas) são um grupo de aventureiras mercenárias. Elas são Hannah, uma elfa maga; Violet, uma anã guerreira sempre de barba feita e meio hipster; Dee, uma humana clériga da morte, que aparentemente não acredita nos Deuses; e Betty, uma halfling ladra. Todas elas são beberronas, brigonas, vivem arrumando confusão e conseguindo namorados(as) diferentes.
Todas elas vivem na Paliçada, uma cidade da fronteira onde aventureiros se reúnem para se preparar para suas aventuras. Apesar de corajosas e bondosas, as Rat Queens acabam arrumando mais problemas do que qualquer outra coisa, geralmente envolvendo ficarem bêbadas e saírem na porrada com outros grupos de aventureiros.
É impossível não ler isso e não lembrar das partidas de Dungeons & Dragons – ou outro RPG do estilo – que você joga com seus amigos. Clássicas obras nunca conseguem nos fazer sentir tão bem como é a sensação de um grupo de aventureiros. Existe a aventura, o heroísmo, mas também existe as confusões inteiramente sem sentido, que acontecem porque você está jogando um jogo com seus amigos. Rat Queens passa essa sensação com perfeição.
Outro ponto muito legal da história é o fato das personagens estarem muito longe dos clichês já batidos, tanto de super-heroínas quanto da fantasia medieval. Elas não usam coisas como o biquini de cota de malha da Sonja, por exemplo. Elas usam roupas normais, e tem corpos normais. São desenhadas como mulheres normais – ou elfas, anãs e halflings – e usam roupas normais. Para uma idade média fantástica.
O que importa é que Rat Queens é um quadrinho muito bom, muito divertido. Uma história simples e bem divertida sobre um grupo de amigas vivendo altas confusões. Com muito sangue e bebida.