Porque toda viagem no espaço da DC Comics precisa envolver os Novos Deuses. Ou foi isso que Rick Veitch, que fez o roteiro e arte de Comprimento de Onda, publicado originalmente em Swamp Thing #62 (julho de 1987). A arte final dessa edição ficou a cargo de Alfredo Alcala.
Metron, viajando pelo cosmos com sua cadeira Mobius, tenta encontrar uma resposta para como quebrar a barreira da Fonte. Lá se encontram diversos celestiais a deriva, perdidos por tentarem romper eles mesmos a barreira. E lá ele encontra uma Caixa Materna.
Como ele fica sem energia durante as investigações, a Caixa Materna invoca o Monstro do Pântano, que estava navegando pelo espaço. Com a habilidade que o Monstro conquistou em J586 de controlar sua frequência em “Toda carne é erva“, ele pode romper as barreiras entre as dimensões.
Juntos, Metron e o Monstro do Pântano passam por diferentes dimensões até entrarem na fonte. Isso permite que eles vejam diferentes pontos do espaço e do tempo ao mesmo tempo. Ao custo da sanidade do Monstro.
O legado de “Comprimento de onda”
Uma edição legal, que mostra um pouco dos Novos Deuses, criados por Jack Kirby, mas também um tanto perdida. É claramente uma edição criada porque Alan Moore não conseguiu criar no prazo uma história para entregar, assim como “Reunião“. Pegar o Monstro do Pântano e jogar para topar com o Metron em uma viagem pelo tempo parece muito legal, mas se torna um conceito mal aproveitado.
O destaque é o “aleph” que permite a Metron ter uma visão de todos os lugares em todos os momentos. Rick Veitch trabalha muito bem esse conceito.
A edição é tão claramente tapa buraco que termina com os personagens falando que a Caixa Materna apagou as memórias do Monstro sobre o evento ocorrido. Ou seja, relevância zero para as histórias futuras.
Próxima edição: Pontas soltas (reprise)