O Hulk volta ao terror. Essa é a premissa de Imortal Hulk, escrita por Al Ewing e desenhada pelo brasileiro Joe Bennet. Essa série mostra o ressurgimento do Gigante Esmeralda original, Bruce Banner, depois dos eventos de Guerra Civil 2. Foi tão bem sucedida que ganhou o Eisner de Melhor Série de 2018. Seu primeiro volume é “Homem, Monstro… ou Ambos?“.
Banner voltou a seu status clássico. É um andarilho, tentando se manter longe de problemas e das manchetes. E tentando ficar calmo, é claro. Acontece que as coisas não acontecem como ele planeja. Principalmente porque ele começa esse volume tomando um tiro na cabeça. Morto. Cai a noite e o Hulk se levanta.
Pode parecer um conceito estranho, mas era assim nos primeiros quadrinhos do personagem, ainda com os criadores Stan Lee e Jack Kirby no comando. Banner se tornava o Hulk não quando ficava nervoso, mas quando caía a noite. Foi só depois que o elemento de raiva entrou na história.
“Homem, Monstro… ou Ambos” acompanha algumas andanças de Banner. A repórter Jackie McGee começa a investigar as aparições do monstro, dado como morto até então. São alguns casos que envolvem radiação gama e seus efeitos nas pessoas. E o Hulk fareja radiação. E medo.
A trama acaba envolvendo outros personagens vítimas da raios gama do universo Marvel. Todos eles parecem estranhamente ligados. A situação piora quando Walter Langkoski, o Sasquatch da Tropa Alfa, decide aparecer para ajudar Banner. Ou pelo menos é o que ele pensa.
A história é muito boa, Ewing consegue amarrar diversos pontos para nos fazer crer em uma trama que está apenas começando. E a arte de Joe Bennet é sensacional. Ele cria uma sensação de opressão, com um Hulk monstruoso e deformado, raivoso mas ainda consciente do que acontece ao seu redor. É um quadrinho bem violento, cheio de sangue e tripas. Não existe um destaque para isso, mas essa violência gráfica está lá. Quase um terror físico e nojento.
A Panini Comics já lançou os dois primeiros volumes do Imortal Hulk, e está bem atrasada em relação ao quadrinho lá fora. Ainda assim, vale muito acompanhar.