Silvio Luiz, uma das vozes marcantes do esporte, faleceu hoje aos 89 anos. Segundo o G1, o narrador faleceu às 9h40, em decorrência de falência de múltiplos órgãos no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo. Ele deixa três filhos e a esposa.
Ao longo de sete décadas de história televisiva, Silvio Luiz deixou sua marca em diversas emissoras, incluindo Record, Excelsior, Bandeirantes, SBT e Rede TV. Na TV Excelsior, ele se destacou no programa Show do Meio Dia, assumindo o posto de Hugo Santana. Na Record, desempenhou papéis variados, desde repórter esportivo até narrador, além de participar da primeira versão ao vivo da novela “Éramos Seis”. Contudo, foi no comando do programa Clube dos Esportistas, no início dos anos 80, que ele teve um de seus momentos mais memoráveis.
A trajetória de Silvio Luiz no SBT teve início em 1986, quando liderou a equipe de transmissão da Copa do Mundo no México. Essa transmissão pioneira, realizada em conjunto com a Record (na época pertencente aos grupos Silvio Santos e Machado de Carvalho) sob o nome “Unidos Venceremos”, apresentou Silvio não apenas como narrador dos principais jogos, mas também como âncora de segmentos especiais ao vivo ou em compacto.
Em 1996, Silvio retornou à emissora para cobrir as Olimpíadas de Atlanta, dividindo a narração com nomes como Osmar de Oliveira, Teo José e Nivaldo Prieto. Além disso, ele narrou amistosos da seleção brasileira e os jogos da Copa do Brasil. Em 1998, foi o principal narrador da Copa do Mundo na França. No mesmo ano, liderou uma nova fase do programa Gol Show, um game show esportivo e interativo que já havia sido apresentado por Silvio Santos no ano anterior. Em 1996 e 1997, recebeu o Troféu Imprensa como melhor narrador esportivo da televisão.
Luiz também ganhou reconhecimento entre os gamers, atuando como locutor do jogo PES por seis anos, antes de passar o bastão para Milton Leite a partir do PES 2017.
Os bordões de Silvio Luiz se tornaram parte do imaginário de toda uma geração de telespectadores, que os adotaram em seu vocabulário cotidiano. Expressões como “pelo amor de meus filhinhos”, “acerte o seu aí, que eu arredondo o meu aqui”, “olho no lance” e “pelas barbas do profeta” permanecerão vivas nas memórias televisivas do Brasil.
