O curta-metragem Amarela, que disputou a Palma de Ouro de Melhor Curta-Metragem no 77º Festival de Cannes e na mostra competitiva do 49º TIFF – Toronto International Film Festival, terá sua estreia nacional na Première Brasil do Festival do Rio.
O filme, escrito e dirigido por André Hayato Saito e produzido por Mayra Faour Auad e Gabrielle Auad (MyMama Entertainment), integra a seleção Hors Concours e terá sua primeira exibição nacional no dia 8 de outubro, às 19h30, no Cine Odeon, antes da exibição do longa Câncer com Ascendente em Virgem, de Rosane Svartman.
“É muito emocionante finalmente trazer “Amarela” para o público brasileiro, especialmente no Festival do Rio, que tem uma importância enorme para o cinema nacional. Este filme é um grito represado da comunidade asiático-brasileira, clamando por representatividade, pertencimento e respeito às nossas individualidades e ancestralidades. Espero que o filme contribua para ampliar a discussão sobre as várias identidades que compõem o que é ser brasileiro”, afirma Saito.
Confira abaixo todas as exibições de “Amarela” no Festival do Rio:
- Dia 8/10 às 19h30: no Cine Odeon – CCLSR, Praça Floriano, 7, Cinelândia
- Dia 9/10 às 16h30: no Estação Net Rio 3 – R. Voluntários da Pátria, 35, Botafogo
- Dia 10/10 às 14h no Cine Santa Teresa – Rua Paschoal Carlos Magno, 136 – Santa Teresa
Além da participação com Amarela, a MyMama Entertainment participa do RioMarket, área de negócios do Festival na ESPM Rio, onde entra pela primeira vez como player, em busca de roteiros e outros projetos para o seu portfólio.
Sobre Amarela
São Paulo, julho de 1998. No dia da final da Copa do Mundo contra a França, Erika Oguihara (Melissa Uehara), de 14 anos, uma adolescente nipo-brasileira que rejeita as tradições de sua família japonesa, está ansiosa para comemorar um título mundial pelo seu país. Em meio a tensão que progride durante a partida, Erika sofre com uma violência que parece invisível e adentra em um mar doloroso de sentimentos.
Amarela é a terceira parte da trilogia de curtas da MyMama com o Saito que investiga sua ancestralidade japonesa a partir de um olhar autoral e íntimo. Tal busca identitária teve início com o curta-metragem Kokoro to Kokoro, que abordou os laços de amizade entre sua avó paterna e sua melhor amiga japonesa.
A trilogia seguiu com Vento Dourado, obra que tem como personagem principal sua avó materna, Haruko Hirata, que aos 94 anos se encontra no limiar do existir. O cineasta explora a relação entre as gerações em um ensaio sobre a morte e a convivência íntima da matriarca com sua filha Sumiko, sua cuidadora por 18 anos. O curta fez sua estreia em abril deste ano no histórico 46º Festival Internacional de Cinema de Moscou e terá sua estreia europeia no 31º Sheffield DocFest, que acontece em junho de 2024.
Amarela, produzido por uma equipe majoritariamente brasileira com ascendência asiática, será o ponto de partida para o primeiro longa-metragem do diretor, Crisântemo Amarelo, projeto que sintetiza a trilogia e está em processo de captação. Todos os filmes são produzidos pela MyMama Entertainment.