Abigail Abigail

Abigail I Crítica

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Abigail, novo filme de terror dirigido pela dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett (Casamento Sangrento), mostra um grupo de criminosos que sequestra uma garotinha bailarina. Segundo o comandante do rapto, Lambert (Giancarlo Esposito), ela é filha de um dos homens mais ricos do mundo, então Abigail (Alisha Weir) deve render um resgate de cinquenta milhões de dólares. Essa equipe foi formada por pessoas que não se conhecem e que não sabem quem é a garota ou seu pai. Lambert diz que quanto menos cada um souber, melhor para eles, pois será mais difícil encontrá-los após o serviço ser concluído.

Eles são levados para uma mansão isolada, tem seus celulares recolhidos e recebem a instrução de que devem ficar por lá pelas próximas 24 horas, até que o resgate seja pago. Após receberem nomes falsos para poderem se comunicar entre eles, Joey (Melissa Barrera) fica encarregada de cuidar de Abigail e garantir que a garotinha não escape ou descubra quem são seus sequestradores. O resto da equipe, formada por Frank (Dan Stevens), Sammy (Kathryn Newton), Dean (Angus Cloud), Peter (Kevin Durand) e Don Rickles (Will Catlett), tem liberdade para passar o tempo aproveitando a casa.

Porém, quando corpos mutilados começam a surgir, os sequestradores percebem que tem algo sinistro acontecendo por ali e que, se não tentarem escapar, serão eliminados um por um. Abigail revela ser uma vampira e um jogo de gato e rato – um tanto quanto sangrento – é iniciado. Alisha Weir está muito bem como a bailarina vampira, entregando momentos de muito humor quando persegue os sequestradores dando piruetas ou finge ser apenas uma garotinha, mesmo com os terríveis dentes à mostra e seu tutu sujo de sangue.

Abigail é muito menos bobo do que o trailer sugere, mas muito mais engraçado e sangrento, tanto que garantiu uma classificação para maiores de idade. Os diretores conseguiram dar o mesmo tom irreverente e violento do filme que os tornou conhecidos, Casamento Sangrento, com sangue jorrando, pessoas explodindo e paredes ficando cobertas de restos mortais.

Mas além do sangue e do riso, o filme trata também de redenção. Joey é uma mulher cujo vício fez com que ela se afastasse de seu filho. Abigail releva ter um pai muito poderoso, mas ausente em sua vida. O desejo de fazer o que é certo para voltar a ter contato com o filho cria uma conexão emocional entre Joey e a negligenciada Abigail. Por conta desse lado mais dramático, que nos causa empatia, Joey é a heroína com a qual nos conectamos nesse bando de bandidos. O fato dela ter um motivo para sair viva daquela mansão, faz com que o público torça para que sua inteligência e resiliência sejam suficientes para que ela escape.

A trama de Abigail está longe de ser original, mas o timing cômico, as escolhas de elenco muito acertadas e a utilização de vários clichês sobre vampiros de forma inusitada tornam ele um filme exagerado capaz de agradar os fãs do gênero.

Abigail já está em cartaz nos cinemas, com distribuição da Universal Pictures.

3.5

Muito Bom

Em Abigail, o público mergulha em um jogo de gato e rato, no qual uma bailarina vampira de 12 anos caça seus sequestradores um por um de forma bastante violenta. O longa trabalha vários clichês do gênero de terror de forma inusitada e muito divertida, o que o tornou uma das grandes surpresas do ano, até o momento.