O assistente pessoal de Matthew Perry, dois médicos e outras duas pessoas foram indiciados e acusados de fornecer a cetamina que causou a morte do ator, protagonista de Friends. Em documentos apresentados no tribunal federal da Califórnia, os promotores disseram que o assistente de Perry e um conhecido trabalharam com dois médicos e um traficante de drogas para conseguirem dezenas de milhares de dólares em cetamina para Perry, que há muito tempo lutava contra o abuso de substâncias e vícios.
O ator, que alcançou fama mundial como Chandler Bing, foi encontrado flutuando de bruços em uma banheira de hidromassagem em sua casa em Los Angeles no dia 28 de outubro. O escritório do legista do Condado de Los Angeles disse, em um relatório de autópsia, que Matthew Perry morreu devido aos “efeitos agudos de cetamina”. A informação é da Variety.
Uma acusação apresentada no tribunal federal na quarta-feira detalhou as acusações do grande júri contra Jasveen Sangha, que os promotores disseram ser conhecida como “a Rainha da Cetamina”, e Salvador Plasencia, conhecido como “Dr. P.” Segundo a acusação, Sangha mantinha uma “casa de armazenamento” em North Hollywood, e o Dr. Plasencia, médico de uma clínica de atendimento de urgência, estava entre aqueles que trabalharam para conseguir a cetamina para Perry, apesar de saberem que ele tinha um histórico de abuso de drogas.
Os documentos do tribunal dizem que o assistente pessoal de Perry injetou nele pelo menos 27 doses de cetamina nos cinco dias que antecederam sua morte, incluindo pelo menos três no dia em que ele morreu. Uma acusação dizia que os réus usavam linguagem codificada para discutir negócios de drogas, referindo-se a frascos de cetamina como “Dr Pepper”.
Três pessoas já se declararam culpadas no caso, disseram as autoridades. Mark Chavez, um médico que admitiu vender cetamina para o Dr. Plasencia, se declarou culpado de uma acusação de conspiração para distribuir cetamina. As autoridades disseram que o Dr. Chavez obteve cetamina fazendo declarações falsas a um distribuidor atacadista de cetamina e apresentando uma receita fraudulenta em nome de um ex-paciente.
As acusações contra Sangha e o Dr. Plasencia incluem conspiração para distribuir cetamina; distribuição de cetamina resultando em morte; posse com intenção de distribuir metanfetamina; e alteração e falsificação de registros relacionados a uma investigação federal. Se forem condenados, Sangha pode enfrentar entre 10 anos a prisão perpétua, enquanto o Dr. Plasencia pode enfrentar até 10 anos de prisão por cada acusação relacionada à cetamina.
Anne Milgram, chefe da Agência Federal de Controle de Drogas (DEA), disse na coletiva de imprensa que Matthew Perry havia procurado tratamento para depressão e ansiedade e, após visitar uma clínica local, ficou viciado em cetamina intravenosa.
“Quando os médicos da clínica se recusaram a aumentar sua dosagem, ele recorreu a médicos inescrupulosos que viam Perry como uma maneira de ganhar dinheiro rápido”, disse Milgram sobre o ator. “O Dr. Plasencia e o Dr. Chavez violaram o juramento que fizeram de cuidar de seus pacientes. Em vez de não causar dano, eles causaram dano para ganhar mais dinheiro.”
Nas semanas que antecederam a morte de Perry, a acusação e as autoridades policiais disseram que o Dr. Plasencia vendeu aproximadamente US$ 55.000 em cetamina para Iwamasa e pessoalmente injetou Perry com a droga na residência de Perry.
