La Casa de Papel - Parte 4 | Crítica La Casa de Papel - Parte 4 | Crítica

La Casa de Papel – Parte 4 | Crítica

Divulgação/Netflix
La Casa de Papel - Parte 4 | Crítica
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Quando La Casa de Papel parecia demonstrar os primeiros sinais de desgaste, o novo ano da série surpreende como a mais audaciosa e corajosa em suas escolhas. Os oito episódios remexem no passado dos personagens e evidenciam o amadurecimento deles. Eles não são mais mero assaltantes de aluguel. Eles viraram profissionais.

O criador Álex Pina coloca pela primeira vez o Professor contra a parede. Ele está fragilizado e exposto com a suposta morte de Lisboa durante o plano de assalto no Banco da Espanha. Desconcentrado, o Professor declara guerra contra as autoridades espanholas após Nairóbi ser baleada gravemente. Enquanto precisam salva-la, o grupo dentro do banco começa a se desentender e a conexão entre eles não parece ser mais a mesma. Palermo e Rio se tornam os pontos fracos do grupo. O primeiro por ser egocêntrico e agir conforme acha mais confortável para si, enquanto Rio apresenta traumas devido ao período em que foi torturado quando capturado pela polícia. E mal eles sabem que precisam lidar com o grande vilão de toda a série, Gandía, o chefe de segurança do Banco da Espanha que está sendo mantido refém.

Mais uma vez, o uso do flashback em La Casa de Papel se torna eficiente. As cenas mostram momentos do primeiro e segundo plano. Fica evidente que o grupo está unido há bastante tempo e estudou cada situação, principalmente as adversas. É quando percebemos que a Gandía sempre foi encarado como o inimigo que mais daria trabalho ao grupo. E foi a única vez que eles cogitaram a possibilidade de matar alguém.

Intensidade é o que pode definir esta temporada. Os oito episódios conseguem manter um bom ritmo e deixam o telespectador intrigado com o Plano Paris. E novamente o recurso narrativo do flashback foi bem utilizado. Álex Pina consegue despertar no público várias teorias sobre o plano. Quando tudo parece óbvio a série caminha para outro desfecho.

Contudo, a quarta parte de La Casa de Papel reserva mais uma perda. Talvez a mais sentida pelos fãs e pelo grupo. Sem entrar em detalhes, mas a morte do personagem foi impactante e não deixa qualquer dúvida sobre a possibilidade de estar vivo como aconteceu com Berlim.

A série dá mais espaço para o protagonismo de cada membro. Todos tem seu momento de destaque. Estocolmo e Lisboa ganham mais presença e se tornam importantes para o desfecho desta temporada. E, ao explorar mais o passado de todos eles, a série se aprofunda na intimidade de cada integrante. Sabemos mais sobre o que faziam antes. Expostos e com seus rostos já conhecidos pela imprensa, Professor elabora um inteligente plano para corromper o sistema e seu algoz, Sierra. Enquanto Gandía é o vilão dentro do banco, Sierra é a vilã que amamos odiar na tenda da polícia fora do banco.

Embora esconda um segredo desvendado por Lisboa, a inspetora é perspicaz e sabe o território que está pisando. Sabe que não está lidando com amadores enquanto seus parceiros lidam apenas com o óbvio, Sierra consegue enxergar além. O mais interessante é que ela utiliza muito bem o lado psicológico. Os diálogos com Lisboa se tornam duelos de quem é mais forte na mente.

La Casa de Papel – Parte 4 veio para deixar os fãs com o coração na mão e na expectativa sobre o futuro da série. As Partes 5 e 6 estão sendo idealizadas, faltando apenas o sinal verde da Netflix. Ao contrário das temporadas anteriores em que tudo correu quase 100% conforme o plano, a série reflete a frase de Berlim de que não existe plano perfeito. É preciso conviver com a traição e o caos. E esta temporada foi sobre incertezas, perdas, viradas de mesa e muita adrenalina.

 

  • Ótimo
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Ótimo

Ao contrário das temporadas anteriores em que tudo correu quase 100% conforme o plano, a série reflete a frase de Berlim de que não existe plano perfeito. É preciso conviver com a traição e o caos. E esta temporada foi sobre incertezas, perdas, viradas de mesa e muita adrenalina.

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