O clichê do grupo de amigos que, sem querer, liberou uma maldição é uma história muito comum dentro do gênero de terror. O Tarô da Morte decide fazer uso desse e outros estereótipos para contar sua história.
Aqui, somos apresentados a um grupo de amigos que, durante uma festa para comemorar o aniversário de uma amiga e o fim das férias da faculdade, encontram um antigo baralho de tarô que esconde uma maldição, todos os que lerem as cartas serão mortos de acordo com o que foi revelado pelos Astros.
O Tarô da Morte, diferente da boa parte dos filmes de terror lançados no últimos anos, entende suas limitações, sejam elas orçamentárias ou criativas, e decide investir no humor e nas discussões leves de seus personagens, principalmente com Paxton (interpretado por Jacob Batalon, o Ned Leeds de Homem-Aranha) que serve como o alívio cômico do grupo.
Apesar disso, o longa não consegue seguir nessa linha da diversão e, durante seu terceiro ato, decide investir em uma história “profunda” sobre o passado da entidade e usa um monólogo moralista para enfrentá-la. Essa cena acaba destoando do tom do filme, o que a torna totalmente desconexa e não serve para angariar simpatia do público nem para assustá-lo.
Os sustos são outro ponto que flutua durante o filme, por se tratarem de figuras de CGI com baixo orçamento, as entidades não geram medo na audiência. O que é algo lamentável se pensarmos em como o design das criaturas nas cartas são sombrios e geram desconforto mesmo quando ainda não se tem ideia do que irá acontecer no decorrer do filme.
Apesar dessa limitação na criação das criaturas, os realizadores de O Tarô da Morte conseguem criar algumas situações que realmente geram medo e deixam a aflição tomar conta.
O Tarô da Morte é, portanto, um filme oscilante que não se decide em ser um filme sério ou uma narrativa referencial no estilo de Pânico. Porém, as cenas onde o filme investe no humor e na surrealidade vivida pelos personagens torna a experiência divertida e agradável, o que aumenta a ansiedade nos momentos dos jumpscare que, mesmo sendo esperados, conseguem arrancar alguns sustos já que deixamos a guarda baixar durante as cenas mais leves.
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O Tarô da Morte é, portanto, um filme oscilante que não se decide em ser um filme sério ou uma narrativa referencial no estilo de Pânico. Porém, as cenas onde o filme investe no humor e na surrealidade vivida pelos personagens torna a experiência divertida e agradável, o que aumenta a ansiedade nos momentos dos jumpscare que, mesmo sendo esperados, conseguem arrancar alguns sustos já que deixamos a guarda baixar durante as cenas mais leves.