Minha Irmã e Eu marca o encontro de duas das maiores comediantes brasileiras: Ingrid Guimarães e Tatá Werneck. No longa, elas interpretam as irmãs Mirian e Mirelly, respectivamente. As duas são de Rio Verde, no interior de Goiás. A mãe delas, Dona Márcia (Arlete Salles), sonhava que as meninas se tornariam uma dupla sertaneja de sucesso, mas as vidas delas tomaram rumos completamente diferentes.
Mirian nunca saiu de de Rio Verde e sempre viveu uma vida pacata ao lado de seu marido, Jayme (Márcio Vito), dos filhos, Jayme Júnior (Jaffar Bambirra) e Marcelly (Nina Baiocchi), e da mãe. Sempre cuidando da casa e negligenciando seus desejos. Já Mirelly ostenta uma vida glamourosa nas redes sociais, sempre ao lado de famosos e ostentando um lindo apartamento de frente para a praia no Rio de Janeiro. Mas, na verdade, Mirelly faz bicos como cuidadora dos animais de estimação das celebridades, mora em um pequeno apartamento cujo aluguel está atrasado e não é rica nem famosa.
Mirelly retorna a Rio Verde para comemorar o aniversário da mãe, em uma festa preparada por Mirian. As irmãs começam a brigar e depois de ouvir as duas filhas discutindo por não quererem ficar com ela, Dona Márcia resolve sumir. Então a dupla precisa se unir para procurar a mãe e partem em uma aventura repleta de descobertas – e de momentos engraçados.
A ideia de interpretarem irmãs surgiu por conta da grande amizade e dos cuidados que Ingrid Guimarães e Tatá Werneck têm uma com a outra. Elas nem precisaram de muita preparação para interpretarem irmãs, pois sempre tiveram essa relação fraternal.
Ingrid Guimarães assina o roteiro junto com Verônica Debom, Célio Porto, Susana Garcia, Leandro Muniz e Fil Braz. Ela revelou que gosta muito de escrever histórias, mas que não tem muito conhecimento sobre estrutura de roteiro, por isso precisou da ajuda de outros roteiristas para tocar o projeto. Para a atriz, esse filme é um retorno às suas origens, já que ela também é de Goiás e possui irmãs. Uma de suas maiores preocupações estava em não retratar o interior e sua população de forma debochada.
Ela também revelou que todas as tias citadas no filme são nomes de suas próprias tias. Também incluiu alguns costumes da família, entre ele o de comer e presentear com docinhos de frutas cristalizadas. Para Ingrid, o sotaque voltou totalmente assim que chegou em Goiás para as gravações, já Tatá Werneck precisou praticar um pouco com a coestrela, apesar de sua personagem tentar soar mais como carioca.
Suzana Garcia achou que o roteiro original era puramente comédia e quis adicionar um pouco de drama e emoção para que a história não ficasse superficial. Então, Minha Irmã e Eu acabou virando praticamente o terceiro filme de sua trilogia ao lado de Minha Mãe É Uma Peça 3 e Minha Vida Em Marte, já que seus filmes são todos comédias que começam com “minha” e tratam de relações familiares com alguns momentos mais emotivos.
Ao contrário de Mirian, que tem essa inspiração nas mulheres do interior, Mirelly é uma personagem que vive de aparências, o que reflete esse mundo da internet que conhecemos hoje em dia. Para Tatá Werneck, ela tenta negar suas origens e parecer o mais como alguém natural do Rio de Janeiro, mas acaba descobrindo que aquela simplicidade do local onde nasceu é o que precisa para completar o vazio que sentia vivendo uma vida de aparências.
Tatá Werneck revelou que não atuava para o cinema há 5 anos, desde Uma Quase Dupla, pois estava focada principalmente no programa Lady Night. Segundo ela, isso foi bom, pois perdeu alguns vícios que tinha antes de Minha Irmã e Eu. Porém, nem tudo foi fácil para ela. Tatá disse que tem muitos medos e que ter que montar um boi foi algo muito assustador de fazer durante a produção. Ela consultou até uma taróloga para saber se iria cair do animal, tamanho seu desespero. Também disse ter pânico de abelhas e tinham várias delas na cena final, outro momento bastante complicado para a atriz.
Além do elenco principal, o filme conta com as participações especiais de Lázaro Ramos, Taís Araújo, Iza, Chitãozinho & Xororó, Marcelo Laham e Hugo Gloss. Alguns dos famosos convidados são amigos das atrizes e da diretora e acabaram topando de cara. Porém, por conta das agendas apertadas, foi preciso abrir novas diárias de gravação para conseguir inserir essas pessoas interpretando elas mesmas, algo raro de se fazer no cinema, já que novas diárias costumam ser muito caras – mas, para a equipe do filme, valeu a pena. Já a dupla Chitãozinho & Xororó demorou cerca de 1 ano e meio para ser convencida a participar do filme, mas eles eram essenciais, já que Evidências é a trilha sonora da vida da família de Mirian e Mirelly.
Tatá Werneck revelou ser muito fã de Lázaro Ramos e que estava nervosa e tímida perto dele. Mas conforme foram conversando, começaram a rir muito juntos, o que facilitou na hora da cena. Também disse ter sido muito divertido fingir ser amiga da cantora Iza, para quem fez uma série de elogios.
Além de contar com as participações especiais, o falecido ator e comediante Paulo Gustavo é homenageado no longa. Tatá Werneck falou o quanto aprendeu com ele e sobre como ele ainda é presente em sua vida, sendo lembrado frequentemente por pequenos gestos que foram marcantes. Segundo Ingrid Guimarães, a escolha de Suzana Garcia para a direção teve relação com o luto das atrizes, afinal eles haviam trabalhado juntos em Minha Mãe É uma Peça 3 e ela era mais uma amiga dele que também estava sofrendo com a perda. Por serem três mulheres tão ligadas ao comediante, elas decidiriam colocar uma breve cena dele em Minha Irmã e Eu.
Minha Irmã e Eu é uma produção da Paris Entretenimento, em coprodução com Paramount Pictures, Telecine, Simba e Globo Filmes. O lançamento nos cinemas será no dia 28 de dezembro, com distribuição da Paris Filmes.
