Ao Seu Lado | Crítica Ao Seu Lado | Crítica

Ao Seu Lado | Crítica

Divulgação

Ao Seu Lado (In From The Side) é um premiado longa-metragem do Reino Unido que conta a história de um romance entre dois jogadores de um time de rúgbi decadente. Por meio de reviravoltas, desejos, tabus e consequências vemos o surgimento dessa história.

Ao Seu Lado
Divulgação / A2 Filmes

Mark (Alexander Lincoln) é o destaque da equipe B de um time de rúgbi que está em decadência. Partidas após partidas, a equipe B sai para festejar no mesmo pub que seus rivais da equipe A, que vencem a maioria das partidas e não fazem questão de esconder suas vitórias. Em uma festa, após uma partida, Mark tem um caso com Warren (Alexander King), um dos jogadores da equipe A.

Ao Seu Lado contará o desenrolar deste caso quando, após uma lesão, Warren deixa a equipe A e passar a ser um jogador da equipe secundária, se reencontrando com Warren. Os dois jogadores possuem relacionamentos estáveis e precisarão lidar com as consequências desse caso, evitando que seus parceiros e colegas de time descubram o que está acontecendo entre eles.

Ao Seu Lado se difere dos filmes gay de descobrimento e das histórias trágicas, o filme conta a história de pessoas bem-resolvidas com sua sexualidade e que estão explorando seus desejos e vontades de forma consciente. Esse é o ponto alto do filme que ao de temas tabus como a infidelidade, não busca apresentar o certo e o errado, o herói e o vilão, o que vemos são pessoas se descobrindo, cometendo erros e acertos.

A direção e o roteiro de Matt Carter, que possui uma forte ligação com o rúgbi inclusivo, buscam trazer esse novo cenário, o esporte queer e uma história de romance entre duas pessoas realizadas que sabem quem são e o que desejam.

Nesse sentido, Ao Seu Lado é uma surpresa agradável ao fugir dos estereótipos já consagrados no cinema Hollywoodiano sobre histórias de pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+. Essa abordagem desafia a ideia de que a identidade sexual é o único aspecto definidor desses personagens, permitindo que eles sejam representados de forma completa, explorando seus sonhos, desafios e relacionamentos.

Por outro lado, a direção de Carter acaba se perdendo em alguns momentos, a duração de pouco mais de duas do filme é arrastada na primeira metade e não sabe se deve focar no time de rúgbi e a relação de amizade entre os jogadores ou no romance entre Mark e Warren. Já a segunda metade do filme é mais rápida, com mais cortes e um ritmo avançado, o que faz com que os conflitos sejam pouco explorados.

Ao Seu Lado é, portanto, uma obra desafiadora que foge dos padrões e estereótipos construídos pelo cinema hollywoodiano. Uma história de amor como ela verdadeiramente é, complexa e avassaladora. Apesar de suas imperfeições, esse é um filme que surge para mudar a forma como personagens gay e da comunidade LGBTQIAPN+ devem ser retratados no cinema, mostrando que diferentes histórias podem ser contadas por essas perspectivas.

3

BOM

Ao Seu Lado é, portanto, uma obra desafiadora que foge dos padrões e estereótipos construídos pelo cinema hollywoodiano. Uma história de amor como ela verdadeiramente é, complexa e avassaladora. Apesar de suas imperfeições, esse é um filme que surge para mudar a forma como personagens gay e da comunidade LGBTQIAPN+ devem ser retratados no cinema.